HARMONIZANDO SEU ALUNO

10-03-2011 15:52

Não é novidade para ninguém que o meio onde a pessoa vive reflete diretamente na formação do seu comportamento e caráter, mais comportamento que caráter. Afinal, a formação do caráter é mais complexa, mas comportamento é mais imediato e pode se dar ao luxo de acompanhar as modas e os costumes de cada época. É assim que, comportamentos modais se transformam em hábitos, que por sua vez induzem o indivíduo a tê-los como caráter por toda vida.

Achamos importante que os pais e educadores conheçam essas diferenças na hora de avaliar um padrão de um filho ou aluno, pois isso é fundamental para definir a conduta a ser tomada quando se pretende educar ou apenas orientar.

Achamos que educação é algo feito de pequenas e constantes orientações, mais intensas na infância, e de forma diversa, do intenso ao moderado, ao longo de toda uma vida. Por não entendermos a natureza humana, normalmente seguimos as regras de educação, muitas vezes baseadas apenas em tradições sem origem definida, estas já estabelecidas por outros e que se tornaram lugar comum servindo quase sempre como regra geral para a conduta das pessoas.

Acontece que muitos desses padrões e jargões, a maioria originários de outras épocas e de outras realidades, estão muito distantes do bom senso e mais trazem maléficios à personalidade que benefícios; não fosse assim, não haveriam problemas comportamentais entre as pessoas passados tanto tempo.

E assim, como meros repetidores incipientes e sem conteúdo através dos tempos, prosseguimos sem rumo ou sentimentos; só que coragem para admitir isso nos falta; na verdade não é coragem e sim falta de humildade. Mas, quando se tem sério interesse em educar, alguns podem até conseguir bons resultados. Isso acontece quando passamos a olhar nossos filhos e alunos sem conceitos didáticos pré-estabelecidos. Ao fazermos isso, eles voltam a ser seres humanos diante de nós e não objetos alvos dos "métodos inventados" por "educadores" do passado e que seguimos de olhos fechados. Ao mudarmos nosso olhar, podemos então compreendê-los mais e daí há uma chance de conseguirmos educá-los com maior eficácia.

Uma das maiores dificuldades e problemas dos seres humanos atualmente é sem dúvida a falta de confiança generalizada em si, o que gera insegurança, fobias, ansiedades, depressões, irritabilidades e intolerências entre as pessoas. Nos parece que a principal causa desse mal é a falta de um pequeno atributo que apesar de o termos, nunca aprendemos a usá-lo da forma adequada.

Esse atributo, que desde a infância é cuidadosamente, dia após dia, destruído, está diretamente relacionado com todos os estados patólogicos relacionados acima e, é o responsável pela maioria dos males psicológicos que assolam todas as pessoas em todos os continentes e tempos. Como tudo na natureza é extremamente simples, este também o é, chama-se ele Atenção.

É a Atenção um dos mais importantes atributos que o ser humano precisa trabalhar e desenvolver em todos os dias da sua vida. É ele responsável pelo nosso aprendizado, auto- conhecimento, cultivo da "boa" memória e desenvolvimento do discernimento. É esse atributo que nos livrará de todas as fobias e distúrbios de comportamentos e relacionamentos. Este nos livrará de vez da indiferença para com a vida disfarçada de austeridade.

Seu cultivo restabelecerá nossa confiança interior e nos reconectará com as mais sublimes formas de reflexões. Educará nosso pensamento que sem dúvida ao viver sem controle é o maior vilão da raça humana.

Existe na tradição indígena brasileira, isso já há mais de 5.000 anos antes do descobrimento do Brasil, uma reflexão que diz: "A doença começa quando pensamos nela, depois ela cresce, ganha forma e finalmente aparece fisícamente na pessoa". Complementando esse aforismo, eles dão a cura: "Um corpo doente é o de alguém que perdeu a confiança em si, perdeu sua conexão com o Divino e para ser curado precisa ter sua confiança restaurada. Primeiro cuidamos de restabelecer essa confiança, depois a doença sairá por si."

O sair por si, é mais também uma forma de expressão. Eles querem dizer o seguinte: Uma pessoa que perdeu a confiança em si, torna-se negativa e sabe-se que pessoas com pensamentos positivos jamais, em nenhum momento da história da psicologia antiga ou moderna, desenvolveram patologias psiquícas, como também sabe-se que as negativas são os hospedeiros desses males. Assim, uma pessoa negativa, será sempre desanimada e sem motivação alguma sequer para tomar remédios ou procurar ajuda e abrigo preferido de doenças.

Estes mesmos índios, os quais aprendemos a chamar de burros e preguiçosos ainda na escola, já tinham uma máxima entre os sábios da aldeia; Dizia o seguinte: "Se você quiser conseguir algo, o que seja, primeiro será precisa pensar nessa coisa sem parar por um tempo - se esqueceu um dia que seja, comece tudo de novo - feito isso, a coisa desejada vai ganhar forma e se concretizará e então muitos chamarão a isso de milagre".

Então, sabendo que as crianças, quando adequadamente trabalhadas são a base de uma cultura, os sábios indígenas, criaram uma forma de desenvolver em suas crianças desde a mais preliminar idade, o zelo, a atenção e a auto-confiança. Essas tradições foram perdidas, quando o invasor europeu chegou ao nosso país e que apenas por não entenderem a lingua e costumes desses nativos, resolveram classificá-los como bárbaros.

Essas antigas tradições que já existiam entre nossos antepassados, os índios, hoje começam a serem revisitadas pela moderna psicologia e medicina desses mesmos países "desenvolvidos" e mesmo aqui no Brasil estão sendo timídamente usadas, mesmo entre os adultos, com resultados surpreendentes, mágicos até, e, alguns terapeutas, de tão espantados e extasiados com os resultados obtidos, não conseguem se conter e chamam a isso de milagre.

Uma dessas tradições, e que temos usado com bons resultados, vamos lhes passar agora e, apesar de ser extremamente simples, seu efeito é notável. É uma prática que serve tanto para adultos quanto para crianças. É bem tolerado e assimilado de imediato pelas crianças, até pela sua natureza exótica e ritual e pela força que na hora dá a cada uma delas. Seus efeitos sobre a Atenção e o restabelecimento da confiança em si são excelentes.

Essa prática tem dentre os seus alvos, o despertar em cada um, a confiança adormecida e debilitada, e os próprios sábios índios já diziam: "As coisas mais importantes da vida são as mais simples, veja por exemplo o ar que respiramos, sequer o vemos e é nosso bem mais importante".

Essa prática pode ser feita a qualquer hora, em qualquer lugar, em grupos ou isoladamente e tem por objetivo fortalecer e desenvolver a Atenção, a confiança interior e restaurar os estados de ânimos debilitados geradores de ansiedades e a maioria das fobias que não estejam associadas a estados causados por patologias físicas. Sabe-se que com a auto-confiança em dia, o indivíduo está identificado consigo mesmo e terá força suficiente para vencer obstáculos. Uma pessoa confiante, será por natureza uma pessoa ATENTA e ciente do presente.

Com a prática regular desse pequeno roteiro, os resultados se farão sentir. Também, não esperem resultados mágicos no mesmo dia, mas assim mesmo, isso até poderá ocorrer com alguns. Outra coisa importante é que, mesmo sem os fundamentos mágicos que todos buscam nas soluções, algo assim, psicológicamente MOTIVA a pessoa e PODE funcionaR como a mágica de uma
MEDICAÇÃO PLACEBO.[1]

Observação importante:Eis a prática:
Cada pessoa tem um nome pelo qual ela é conhecida, o nome pelo qual todos se reportam a ela. Por exemplo uma pessoa com o nome de Maria da Silva e que todos conheçam por Maria, teria Maria como seu nome de força.

É esse nome sua assinatura de vida, sua alma, sua identidade Divina e sua força. Assim, as VOGAIS desse nome são consideradas palavras de força e o elo de equilíbrio com as energias da natureza.

Nesse caso, as vogais AIA, seriam as palavras de força para reequilibrar energéticamente essa pessoa. Assim, para fazer isso, deveria a pessoa, simplesmente repetir estas letras por pelo menos três vezes quando achasse necessário. Como nas práticas meditativas, fazendo-se isso de olhos fechados, consegue-se na hora um efeito calmante em todo corpo.

Uma excelente maneira de começar uma aula, seria pedir a todas as crianças, que repetissem em voz alta as vogais do seu nome antes do início da prática diária ou quando se achasse conveniente, e, orientá-las para que fizessem isso, antes do início das provas ou execução de tarefas de casa.

Por fim, as letras podem ser pronunciadas baixinho também. Devem apenas ter a duração de pelo menos Dois Segundos de intervalo entre a pronúncia de uma e outra.


Alberto Jorge Filho
Esta prática não está fundamentada em argumentos científicos e serve MAIS como uma FERRAMENTA DE MOTIVAÇÃO PESSOAL que tem se mostrado muito eficiente no nosso dia a dia.